sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Luanda, as primeiras 24 horas.

Sempre me disseram que de Africa ou se gosta à primeira impressão ou não se gosta. Assim que sai do avião absorvi a essência do perfume africano, e gostei, apaixonei-me por esta terra de imediato.
Após as burocracias aduaneiras e do curto interrogatório a que fui submetido sobre o que me trazia a Angola, saí finalmente do aeroporto de Luanda, ao fim de mais de uma hora de sauna pelo facto do ar condicionado das chegadas do Aeroporto 4 de Fevereiro se encontrar desligado, “Welcome to Angola” lê-se no interior do Aeroporto.
O primeiro contacto com o trânsito de Luanda superou as minhas expectativas, mas logo que disseram que a esta hora é sempre calmo. De todas as formas nos 6 km que separavam o aeroporto do meu destino deu para perceber que os Angolanos têm uma relação com o trânsito no minino complicada, mas deixarei esse assunto para quando tiver a minha primeira experiência de condução por estas paragens.


O primeiro dia em Luanda acabou de forma um pouco atribulada, o local que me foi destinado para pernoitar não tinha as condições que um Europeu está habituado, nada de especial a não ser o facto do quarto não ter tomadas eléctricas funcionais, do autoclismo não ter água, dos armários terem as costas partidas, da cama ser pequena, valeu estar completamente limpo e de ter um ar condicionado a funcionar na perfeição, ao invés teria sido um verdadeiro pesadelo.
O cansaço da viagem de quase 24 horas que começou em Lisboa e terminou em Luanda passando por Amsterdão e do primeiro dia de contacto com a empresa falou mais alto e assim que cai na cama devo ter adormecido de imediato.
Primeira tarefa do dia dois, reportar ao chefe as condições em que encontrei o quarto, resposta, “isto é África, assim ficas já a contar com o que podes encontrar fora de Luanda, faz parte da adaptação”.
Entretanto estavam preparadas novas acomodações para me receber, desta feita com todas as condições. Aqui não se aplicou a máxima de quem não chora não mama, faz mesmo parte do processo passar por ali.
As minhas primeiras 24 horas em África foram assim, mas o facto importante é que gosto desta terra e gosto desta gente, este é o país que me vai acolher durante os próximos tempos, este é o país que respeito como respeito o meu.

4 comentários:

  1. Ganhaste um leitor destes teus escritos.
    Um grande abraço e boa sorte nesta tua etapa por terras de África.

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  2. Força Miguel, aproveita cada momento, faz das piores experiências as mais belas histórias para contar. Amo África desde que pousei o pé nesse continente, e sempre que lá regressei apaixonei-me mais um pouco. Vou ler-te por aqui! Beijinhos!

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  3. Tens esquecido de regar o imbondeiro (ou baobá, como se diz por cá) :(

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