domingo, 24 de fevereiro de 2013

Gasosa Power.

Uma destas noites fui ao aeroporto com o Luís, o colega de trabalho encarregue temporariamente dos assuntos relacionados com o aeroporto de Luanda.
Eram cerca das duas horas da madrugada quando chegámos ao aeroporto para dar as boas vindas ao regresso de um casal de expatriados que tinha chegado num voo cerca de uma hora antes. Para fazer tempo e poupar uns Kuanzas de estacionamento fomos dando algumas voltas ao circuito do aeroporto.
Foram vagando espaços de estacionamento não pagos aqui e ali, mas nunca se estacionou o Jimny nesses espaços gratuitos, às tantas a opção foi parar temporariamente o carro praticamente junto à porta das chegadas do aeroporto 4 de Fevereiro.
Foi um erro tremendo. Do nada aparece um carro da polícia que nem tempo deu de engrenar a 1ª mudança, zás, “os seus documentos e os documentos da viatura”, solicita o agente de óculos espelhados.
O Luís que estava ao volante só tinha com ele a carta de condução porque tem o passaporte na renovação do visto de trabalho, ambos não conseguimos encontrar os  documentos do carro.
Foi complicado desbloquear a situação, para mais à hora que era, mais agentes chegam ao local, no final eram seis e já se aproximavam mais, a situação só ficou resolvida passados largos minutos e à custa da famosa gasosa.
Uma situação complicada, julgámos nós, por irresponsabilidade de quem utilizou o veículo anteriormente e não deixou os documentos onde os deveria ter deixado, felizmente tudo se resolveu, a carteira é que ficou um pouco mais leve.
Entretanto recolhemos os colegas como bons anfitriões que somos e seguimos em direcção ao escritório porque em primeira instância tínhamos de deixar algumas caixas, depois sim iriamos deixar os nossos colegas recém-chegados à casa onde pernoitam.
Tudo normal até então, a não ser o facto de aparecer uma carrinha da polícia que nos faz sinal de paragem e… “os documentos da viatura e do condutor” diz o agente do alto dos seus quase dois metros. Pensei, “está tudo lixado, é desta que ficamos com o carro apreendido e o Luís ainda vai dentro”, O Luís com meia de letra ainda conseguiu que os agentes deixassem que o carro percorresse os 100 metros que distávamos do escritório, eram três e picos da manhã alguém estava com sede, lá foi a segunda gasosa da noite. Tirando isto a noite foi tranquila.
PS: os documentos estavam no carro, ou pelo menos apareceram do nada dentro do carro algumas horas depois.

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