Sair de
Luanda em direcção a norte é uma verdadeira aventura, o trânsito não é
infernal, é infernal e caótico, demoramos mais de uma hora para fazer meia
dúzia de Km. Ainda dizem que o IC19 é mau!
Esta semana
saí de Luanda por varias vezes, na primeira o destino foi a Funda nos arredores
de Luanda, sensivelmente entre o triângulo Kifangondo, Cacuaco e Catete, uma
zona tipicamente agrícola de gente humilde que trabalha a terra para
sobreviver.
A cooperativa local está a apostar na modernização de meios para que possam rentabilizar as produções, nesse âmbito fomos dar uma volta pelos campos por forma a registar os trabalhos que temos de efectuar na melhoria dos acessos externos e internos da área da cooperativa e da regularização de diques e valas que permitem a irrigação das parcelas agrícolas.
Foi aqui que um descuido e a imprudência do condutor levou a que o Ford Ranger ficasse completamente atolado, a chuva que brindou o Carnaval deu lugar à lama por estas paragens, nada que 2.500 Kz e os braços franzinos de nove jovens locais não resolvessem.
No final quis registar fotograficamente o estado em que se encontravam os pneus e os jovens alinharam-se como se de um batalhão de soldados se tratasse, colocaram um sorriso e esperaram o meu clik.
Estavam felizes por terem sido úteis aos “pulas”, mas quem de facto estava agradecido era eu e a restante comitiva.
A cooperativa local está a apostar na modernização de meios para que possam rentabilizar as produções, nesse âmbito fomos dar uma volta pelos campos por forma a registar os trabalhos que temos de efectuar na melhoria dos acessos externos e internos da área da cooperativa e da regularização de diques e valas que permitem a irrigação das parcelas agrícolas.
Foi aqui que um descuido e a imprudência do condutor levou a que o Ford Ranger ficasse completamente atolado, a chuva que brindou o Carnaval deu lugar à lama por estas paragens, nada que 2.500 Kz e os braços franzinos de nove jovens locais não resolvessem.
No final quis registar fotograficamente o estado em que se encontravam os pneus e os jovens alinharam-se como se de um batalhão de soldados se tratasse, colocaram um sorriso e esperaram o meu clik.
Estavam felizes por terem sido úteis aos “pulas”, mas quem de facto estava agradecido era eu e a restante comitiva.
Há cerca de 24 horas acordei, estiquei as pernas e os braços, tomei banho com um fio de água mínimo, sai de casa e dei com o jipe de um dos companheiros de casa sem vidros, "mas que raio se passou aqui?"
Restava o
vidro da frente e um da porta de trás, conseguiram retirar os vidros de uma
forma cirúrgica e sem danificar a restante estrutura do veículo, a esta hora já
foram vendidos numa da milhares de vendas que se realizam no meio do trânsito,
aí vende-se tudo o que possam imaginar, desde a simples água congelada dentro
das garrafas a loiças sanitárias, só não vendem a sogra porque dizem que aqui
são simpáticas.
Vim para o
Mussulo passar este Domingo, tive o meu primeiro "aperto" desde que
cheguei a Luanda, passava das 22 horas quando chegamos ao embarcadouro,
enquanto aguardávamos pela chata que nos ajudaria a fazer a travessia até ao
Mussulo, fomos abordados por um jovem que ficou largos minutos a conversar
connosco de uma forma simpática, viria a ser ele a salvar a situação, um grupo
de jovem alguns dos quais embriagados que se dirigiam para uma festa no bairro
contíguo ao embarcadouro, rodearam-nos e começaram a dirigir insultos em tom
ameaçador, o jovem intervém e diz que os Chefes são gente boa além de
pronunciar algo totalmente imperceptível, certo é que o grupo tal como chegou
partiu e alguns dos jovem pediram desculpa pelo incomodo. Agora friamente
analiso a situação com um sorriso nos lábios mas a verdade é que no momento
tive algum receio.
Domingo é
dia de "pesca", esta manhã tive mais uma experiência, única como só
esta terra pode proporcionar. Saímos na chata por volta das 8 da manhã e fomos
"pescar"' o Daniel e o André Tchipilica levaram-nos a visitar algumas
embarcações que se encontram à deriva pela baía, bem não será bem à deriva
porque os seus ocupantes sabem bem onde estão e porque estão ali. Em menos de
nada estávamos a negociar a pesca das últimas horas, em 5 paragens comprámos
mais de 20 kg de peixe, Pargos, Cachuchos, Ferreiras, Carapaus, Raias, Búzios e
alguns Caranguejos. Não vos vou dizer o preço para não ficarem escandalizados,
digo somente que em Portugal seria substancialmente mais caro.
Não sei o
que me reserva o resto do dia, mas uma coisa sei, a cada minuto que passa fico
mais apaixonado por África, o expoente máximo dos últimos dias foi um
fantástico pôr do Sol em Mabubas, perto do Caxito, algo que não se consegue
transmitir mas que nos enche a alma e coloca um sorriso estúpido no rosto!
ainda bem que estás a gostar
ResponderEliminarImagino...esse peixinho, deve ter custado uma pechincha e bem melhor!
ResponderEliminarObrigado por mais esta crónica.
ResponderEliminarVenham de lá mais...
Mais uma vez, muito boa sorte nesta tua aventura.
Que tudo te corra pelo melhor, pois esse Continente é mágico. Espero que seja uma boa experiência apesar de pensar que se tivesses ido para Moçambique ias muito melhor e nunca mais de lá querias sair.
ResponderEliminarGostei de te ler.
Comecei agora a seguir a tua aventura por aqui. Boa sorte! Continua com as descricoes e as fotos. Fico a espera de mais.
ResponderEliminarUma escrita que merece ser seguida!
ResponderEliminarBoa sorte!
Sei de um gajo que ia gostar de ir aí fazer umas pescarias. :)
ResponderEliminar